quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Aprenda a se prevenir da contaminação na manicure

Com horário cativo na agenda de sua manicure, você freqüenta o salão para dar aquele "tapa" nas unhas todas as semanas. Faz mãos e pés, e nem se preocupa em carregar seu próprio kit, afinal, encontra tudo devidamente esterilizado. Mas cuidado, contaminações na manicure podem lhe render doenças de difícil cura.

Alicate, lixa de unha e pés, espátula e palito. Instrumentos corriqueiros de qualquer salão de beleza, esses utensílios podem ser fonte de transmissão de doenças virais, bactérias e fungos. "Um alicate que não foi esterilizado de maneira correta pode transmitir o vírus da hepatite C", alerta Valeria Petri, especialista em dermatologia infecciosa e parasitária.



A hepatite C é uma doença viral silenciosa que pode se manifestar anos depois da contaminação. Em casos de complicação, a doença desencadeia alterações no fígado, podendo causar câncer. "Pode-se ainda contrair outras doenças virais, como a hepatite B e a Aids", complementa a dermatologista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco.

Doenças causadas por vírus dificilmente têm cura. No caso da hepatite C (maior índice de virose transmitida dentro de salões de beleza), o tratamento é feito com injeções anti-virais de alto custo. O processo, que pode não eliminar por completo o vírus, é ainda lento e acarreta diversos efeitos colaterais.

As verrugas, também transmitidas pelos vírus, podem acometer regiões ao redor das unhas das mãos e dos pés. "Qualquer um dos objetos da manicure pode transmitir verrugas. O tratamento pode ser bastante dolorido e demorado, sem contar que as verrugas podem se multiplicar na pele", conta Márcia.

Há ainda doenças causadas por fungos, como as conhecidas micoses. As lixas, junto àquelas bacias onde se coloca os pés para amolecer as cutículas, são as principais responsáveis pela transmissão do fungo. "Na pele, a micose pode causar descamação, bolhas e coceiras, geralmente nas plantas dos pés. Mas podem ainda deixar as unhas mais grossas, opacas, além de causarem descolamento", salienta Marcia.

Segundo Valeria, é fundamental que não se faça o auto-tratamento para infecções de bactérias, fungos e viroses. Além de correr o risco de tomar um remédio que apenas desencadeie outros problemas, você pode ainda estar jogando dinheiro no lixo. "Procure sempre um médico, mas em caso de lesões simples, como um corte inesperado na manicure, faça uma higiene do local com antiséptico", ensina Valeria.

Mas a dica primordial vale para qualquer mulher que tenha o hábito de fazer as unhas semanalmente ou apenas quando sobra um tempinho. "Tenha sempre seu próprio kit e, após o uso, limpe-o com álcool. O que não for do kit, que seja material descartável", orienta Márcia.

Serviço:
- Márcia Grieco - dermatologista
www.hospitaledmundovasconcelos.com.br

- Valeria Petri - dermatologista
www.unifesp.br/dderma/derma

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