quarta-feira, 15 de abril de 2015

Retoque para mais- famosas menos anorexicas

Após todo o alvoroço da indústria da moda por conta do debate da anorexia e modelos esquálidas, uma nova modalidade de retoque de imagem está sendo largamente utilizada nos setores de edição de fotografia das revistas de moda: aquela que deixa as modelos mais "cheiinhas".
Isso mesmo. Depois de uma longa ditadura da magreza, e do debate referente à responsabilidade da moda com este fenômeno, a indústria parece estar se rendendo aos apelos de uma imagem mais saudável.
Como as críticas ao uso de modelos magérrimas e celebridades esqueléticas em reportagens de moda não param de aumentar, o recurso do retoque passou a ser necessário, segundo algumas revistas de moda.
Na verdade, diversas instituições da sociedade civil e alguns órgãos governamentais de vários países têm pressionado o setor para uma atitude mais positiva com a realidade: a população do mundo está mais rechonchuda.
Além disso, não foram poucas as cartas dos leitores e leitoras que chegaram às redações das revistas se posicionando a favor de uma moda mais inclusiva e mais saudável. Portanto, para as revistas se tornou necessário o atendimento dessas reivindicações.
O nó da questão é que nem modelos nem celebridades se sensibilizaram com a questão, pois, na sua maioria, ainda correspondem a um índice de massa corporal muito baixo. Há ainda os estilistas que defendem a magreza como condição essencial para a elegância.
Enquanto o debate continua, a empresa de retoques em imagens iWANEX Studio, já conhecida no mercado por fazer "milagres" em termos de computação gráfica, tem publicado em seu site o portfólio de trabalhos realizados com celebridades como Beyonce, Eva Longoria, Justin Timberlake e Lindsay Lohan.
Dentre eles, o que mais chama atenção é o tratamento da imagem de Cameron Diaz, que teve o rosto preenchido, o busto turbinado, as coxas alargadas e os ossos dos quadris disfarçados, para ter uma aparência mais saudável.
A empresa defende que a solução em utilizar editores de imagem tipo Photoshop tenta agradar "gregos e troianos", embora a iniciativa não promova a real "engorda" das modelos e celebridades.
Outra empresa de retoque digital, a The Shoemakers Elves, relata que hoje já há uma real preocupação entre várias marcas de moda em serem associadas a modelos muito magras, quando antes a preocupação se restringia a imagens de modelos muito gordas.
Como toda ação tem uma reação, a disseminação dessa prática já provoca outro questionamento: por que continuar utilizando modelos magras e as engordar virtualmente ao invés de utilizar modelos verdadeiramente mais saudáveis?
Em resposta, a associação que representa a indústria das revistas britânicas, Periodical Publishers Association (PPA), já faz um apelo entre os seus editores para a elaboração de um código voluntário que regulamente o uso de manipulação de imagens digitais.
Esse assunto tende ainda a render muita discussão...
fonte terra

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