sexta-feira, 30 de maio de 2008

As férias do sultão

Sera que ter dinheiro é bom?Ja ouviu falar de Qaboos bin Said al Said?Leia aqui sobre as ultimas ferias dele e comente se é bom ou nao ter dinheiro

As duas semanas de férias que Qaboos bin Said al Said, 68 anos, passou em Bari, entraram para a história da cidade. O xeique viajou em seu Boeing e se hospedou com sua comitiva a bordo de dois iates enormes. Antes de mais nada ofereceu aos cidadãos de Bari um concerto de sua "bandinha" de 70 músicos, para promover a amizade entre a Itália e o Omã.

Como o sultão sabe que o mundo ocidental aprecia a música, mas prefere dinheiro, decidiu doar à prefeitura 5 milhões de euros - quase 13 milhões de reais, mais ou menos - para comprar aparelhos de cardiocirurgia pediátrica e instituir três bolsas de estudos para estudantes do Conservatório de música de Bari. O prefeito e o governador foram presenteados com Rolex de ouro (50 mil reais cada um), e foram dos poucos tiveram a honra de encontrar o sultão, que passou 15 dias praticamente fechado em seu palácio flutuante, só saindo de lancha para passeios nas brancas praias do Salento, ou de carro para visitar os típicos "trulli" (antigas construções de pedra, com telhados cônicos) do Vale d'Itria.

Muita gente decidiu peruar os iates, lembrando que em 2003, quando passou férias em Nápoles, o sultão mandou seus marinheiros distribuirem pratinhos de porcelana e ouro, provocando um engarrafamento colossal na zona do porto. Mas desta vez nada de brinde: a turma do sereno só conseguiu avistar as 22 Mercedes novinhas que fazem parte do equipamento dos iates, junto com dois helicópteros. Há quem jure ter visto a famosa Ferrari sob medida que o sultão encomendou, com carroçaria anti-míssil e diamantes no painel. Os comerciantes do bairro do porto de Bari viveram dias inesquecíveis: só de flores, os iates reais gastaram 30 mil reais. O sultão não fez shopping, mas em compensação, a comitiva e a tripulação do iate (só na cozinha trabalham 250 pessoas) gastou e esbanjou.

Qaboos al Said governa o Omã desde 1970, graças a um golpe "familiar" com que derrubou seu pai. É considerado um dos líderes iluminados do mundo árabe. Suas paixões principais são cavalos e flores, e durante o seu reinado concedeu mais direitos às mulheres, construiu uma universidade especializada em faculdades científicas e realizou a grande mesquita moderna de Mascate (a capital do país), uma das poucas que os turistas podem visitar, com um tapete de 60x70 metros tecido a mão por 600 mulheres iranianas, e um lustre de cristal Swarowski com 14 metros de comprimento.

O grupo de jornalistas que estacionou no porto, na esperança de uma foto, de uma notícia, de uma fofoca, ficou muito decepcionado. Não conseguiram descobrir nada: o esquema de proteção do sultão é perfeito, e bem mais impenetrável do que o de George W. Bush. Nem a comitiva real sabe qual é o programa do xeique. Por motivos de segurança nada é planejado antecipadamente. O sultão virou uma lenda, que esteve em todos os restaurantes, lojas, atrações turísiticas da linda região da Apúlia, mas não foi visto por ninguém. Nenhum "paparazzo" conseguiu fotografar a sua cara de Omar Sharif bochechudo.

Em compensação, muitos conheceram suas seis esposas. Ele nunca viaja sem elas seis, e em duas semanas mandou entregar 16 mil rosas vermelhas às suas mulheres. Acompanhadas por seis sogras. Não conseguimos descobrir se o sultão manda rosas para as sogras, também.

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